Os fatores a ter em conta na consolidação de créditos irão ajudar a perceber de que forma poderá melhorar a sua vida financeira e, por conseguinte, reduzir as prestações mensais. O Professor Poupança explica tudo ao longo deste artigo.
Transformar vários créditos em apenas um com melhores condições: é assim que a consolidação de créditos poderá ser uma alternativa para reduzir as despesas mensais. Dessa forma, ao invés de pagar várias prestações aleatórias, passará a pagar apenas uma e de um valor reduzido, por conseguinte, nalguns casos até 60% mais baixo.
Nesse sentido, poderá, então, consolidar créditos pessoais, bem como créditos contraídos através de cartões de crédito e linhas de crédito, sendo esta, com efeito, uma solução que pode, por conseguinte, ajudar a evitar o sobre-endividamento e conseguir alguma margem financeira mensal.
Desse modo, os fatores a ter em conta na consolidação de créditos ajudam a compreender em que casos esta opção faz sentido, permitindo, assim, que mais pessoas possam gerir melhor os seus pagamentos mensais. Até porque recorrer ao crédito consolidado permite não só aumentar o nível de poupança mensal, como também encontrar o reequilíbrio das contas pessoais, assim como gerir melhor as dívidas. Como resultado, haverá uma maior flexibilidade financeira.
Consolidação de créditos: o que deve considerar?
Após uma análise aos fatores a ter em conta na consolidação de créditos e perceber com toda a certeza que esta alternativa lhe será benéfica, está, então, na altura de contactar diferentes entidades bancárias, com o propósito de analisar a documentação entregue e aprovar, ou não, o pedido. É provável que todo o processo possa demorar entre 2 semanas a 1 mês.
O Professor Poupança vai explicar de seguida quais são os 5 fatores a ter em conta na consolidação de créditos.
1. Prazos
Pensar que ao levar a cabo a consolidação de créditos prolongará no tempo os pagamentos mensais é algo que irá depender de cada situação, bem como dos tipos de crédito que possui.
Saiba tudo sobre crédito consolidado.
Portanto, se o prolongamento do período de pagamento é, para si, um fator dissuasor, então, pense no seguinte: avalie o montante total de juros que tem de pagar. É este fator que pode fazer toda a diferença, porque mesmo que os prazos aumentem, posteriormente poderá pagar menos juros.
2. Taxas de Juro
E já que falamos em juros, este faz parte de um dos fatores a ter em conta na consolidação de créditos. Só para exemplificar existem duas taxas às quais deve prestar especial atenção, sem esquecer logo depois o valor total a pagar:
a) Taxa Anual Nominal (TAN) – representa o custo associado aos juros do empréstimo;
b) Taxa Anual Efetiva Global (TAEG) – inclui a TAN e demais encargos associados ao empréstimo auferido. Não é um valor fixo e, por conseguinte, depende sempre da entidade bancária a que recorreu;
c) Montante Total Imputado ao Consumidor (MTIC) – trata-se do valor total que enfim pagará pelo crédito, isto é, a soma do valor pedido para o empréstimo com os juros, impostos, comissões, seguros e restantes encargos que possam existir.
O que é a TAN
A TAN é uma taxa obrigatória para todos os contratos de crédito, todavia há grandes variações nas entidades bancárias quanto à percentagem a cobrar. Mais fidedigno para poder comparar produtos financeiros é a TAEG, que se revela, assim, como um dos indicadores mais importantes a ter em conta quando solicitamos um crédito, já que é esta a taxa que irá comparar o custo real do crédito.
Nesse sentido, com a consolidação de créditos é comum conseguir baixar esta taxa, nalguns casos até de forma exponencial. Por exemplo: um crédito habitação contraído durante o período dito de crise, em virtude de Portugal se encontrar sob resgaste financeiro, terá uma TAEG elevada, nalguns casos de 20%. Uma vez que proceda a alterações das condições de contrato, poderá, sobretudo, reduzir bastante este valor.
3. Comissões
Assim que recorrer a um crédito, além das taxas de juros, as diferentes comissões são outro fator a ter em conta, principalmente a comissão de abertura e o imposto de selo sobre a utilização do crédito (ISUC).
Saiba mais sobre taxas de juro no crédito habitação.
Além das comissões iniciais, alguns bancos exigem ademais comissões periódicas, que acompanham o pagamento da prestação, isto é, a chamada comissão de processamento da prestação ou comissão de gestão.
Por isso, quando opta pela consolidação de créditos, eliminará o pagamento duplicado destas comissões nos diferentes tipos de crédito que possuía, visto que passará a pagar apenas um.
4. Despesas adicionais
Posto que juros e comissões são já uma dor de cabeça para quem contrai um crédito – imagine esses fatores multiplicados pelo número de créditos que possui… Infelizmente, o cenário pode agravar-se ainda mais, visto que as entidades bancárias cobram afinal determinados valores por outros serviços, como a anuidade dos cartões que utiliza, por exemplo.
Nesse sentido, basta pensar que tudo isto será igualmente reduzido para os valores associados a um único crédito que passará posteriormente a ter.
5. Seguros
É bastante comum a exigência de um seguro de vida associado a um crédito habitação. Contudo poderá subscrevê-lo na entidade bancária onde tem o crédito ou noutra, que lhe ofereça, por exemplo, melhores condições. Todavia se não for obrigatória a subscrição desse mesmo seguro, então, poderá contar com um acréscimo ao montante pedido que, em alguns casos, inesperadamente, pode chegar aos 20%.
Além disso, existem outros tipos de seguros associados a um crédito, quer um seguro com cobertura em caso de desemprego, quer um seguro com cobertura em caso de doença. Por isso, estas são mais despesas a considerar que poderão ser reduzidas se optar pela consolidação de créditos.
Para esclarecer todas as dúvidas com o intuito de descobrir os diferentes tipos de seguros e quais são os que oferecem melhores condições, o melhor mesmo é consultar um especialista.
Em suma, agora que, enfim, já conhece os fatores a ter em conta na consolidação de créditos para os quais o Professor Poupança alerta, está, então, na altura de pedir uma avaliação a diferentes entidades bancárias para tentar reduzir as suas obrigações financeiras mensais.